quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

O Celular

Vocês já viram aquela propaganda da camisinha, que dizia que há dez anos atrás sua avó nem pensava que isso existiria.
Pois bem, há mais ou menos 10 anos atrás, existia um fazendeiro aqui, mais rico, não sei se era, mas bem mais exibido que os outros, isso ele era, vou chamá-lo de Fulano,
Nesta época, eu era dono de um boteco, chamavam de Bar do Paulista, mas deveria chamar “Se sobrar eu vendo.”
Fulano conseguiu arrumar, não sei aonde, uma moto CB400 cinza, ainda hoje raridade por aqui e um rapaz de outra localidade, Tábuas, cresceu logo o olho em cima da moto do fazendeiro.
Vivia enchendo o saco dele pra vende-lo a moto.
De tanto insistir o Fulano resolver vende-la, mas o rapaz, que não tinha dinheiro suficiente para fechar o negócio, e ofereceu-lhe um celular.
Se uma Moto CB400 era raridade aqui há Dez anos atrás, celular nem se fala...
Como Fulano era outro Zóiudo, prontamente aceitou o negócio.
Lá vai o rapaz, satisfeito com sua moto rara e Fulano satisfeitíssimo com seu celular, o primeiro da cidade, que sensação.
Acontece que até hoje, não temos sinal de celular aqui, então pra que celular se não funciona ?
Do Bar, todo dia eu via um vulto em cima de um morro, lá longe, vulto de um cara em cima de um cavalo, que ia de um lado pro outro, com um treco na mão, fui investigar, pasmem, era o Fulano tentando conseguir sinal pra inaugurar o bendito celular.

2 comentários:

Edu disse...

Não esquece de contar aquela da vasectomia :)

Vivi disse...

Muito legal, essa, Va!!! hahahahahaha... Adoro essa história!!