terça-feira, 22 de julho de 2014

A Viúva


    Aproveitando o último post, lembrei me de mais uma passagem, que se segue.

    A tempos atrás,  faleceu o marido de Dona Maria.  Ela se encontrava desconsolada no velório, na hora do enterro, ela esperneava e gritava :  Ai meu Deus... Porquê ???   Não vai embora Tião...Não... Me leva contigo, Tião... me leva contigo....Tiãoooooo.  

   Justamente na hora de colocar o caixão no buraco, a bendita tropeça e cai dentro da cova:
   
   Socorroooooo..... Me tirem daquiiiiii....Socorrooooo......
  



Mário Doido


      Quando eu vim morar em Nova Esperança,a mais de 18 anos atrás, conheci um homem chamado Mário, O Mário Doido... Ele mexia aqui com ferro velho, carros velhos, etc...Em uma ocasião ele vendeu umas terras que tinha recebido em herança, vendeu e recebeu,mas não passou o documento de posse, anos mais tarde ele vendeu as terras novamente e se mandou para Mirabela, uma cidade próxima daqui. Resolveu abrir na nova cidade, uma funerária, serviço escasso na época na cidade.
     Pois bem, comprou uma Caravan, se não me engano 76, preta, mandou pintar umas cruzes na bichinha e inaugurou o novo negócio. Estava até prosperando. Mas...
    Faleceu um Sitiante na cidade, que morava distante da cidade,  e contrataram o serviço da Funerária do Mário Doido, isso já era tarde  da noite, serviço mais caro, pela razão do horário.
    O hospital só liberou o corpo mais ou menos uma hora da madrugada e com a arrumação do caixão, etc e tal, Mário saiu do hospital umas duas da madrugada, e naquela chuva que Deus mandava.
     Lá ia o Mário com sua Caravan Funerária pelas estradinhas de Terra, em direção ao sitio do falecido, aonde a família já estava esperando para o velório. Nisso, com a chuva torrencial, Mário não viu um enorme buraco e caiu com o carro dentro, no momento do solavanco ele jura que ouviu um ¨Aiiiii¨ vindo da parte traseira do carro. Ele saiu em desembalada carreira, gritando...Ai me Deus do Céu... o defunto tá vivo... O defunto gemeu....
     Mário nem voltou para buscar seu carro e jura até hojeque ouviu o defunto gemer. Nunca mais ele  quis mexer com defunto, mudou até de cidade. Hoje mora na cidade de São Francisco.